Sub Existência!!!
Pé Sujus (Minha barriga ta cada vez mais buniiita)
Filipeta do Bailinho!!!
E lá vai eu mais uma vez pra uma postagem atrasada neste bloguinho que todo mundo fuça pra ver novidade e não tem e quando tem ninguem vê! Foda-se, o Blog é meu e eu posto quando eu quiser hehehe. Se bem que este aqui que vos escreve está atolado até o pescoço com inúmeras correrias, portanto, nada mais agradável e oportuno que um domingo tedioso, vazio e sem um puto no bolso pra levar minha garota pra tomar um refresco para eu postar uma resenha sobre este evento que não poderia passar batido, por mais que os acontecimentos e polêmicas dos últimos dias sacudissem e ofuscassem os demais fatos ocorridos.
Este festival, o Chaoz Day, foi um dos shows da Tour da Excelente, humilde e verdadeiramente Punk banda norte-americana The Bloodclots, que fez uma turnê tocando pra punk em locais fora das rotas dos "Grandes Shows", só no suburbio ou nos locais já velhos conhecidos da Punkaiada. A expectativa era grande, mas na mesma semana do início da divulgação sai o Flyer do show do GBH, no mesmo dia e horário. Aí pensamos: -E agora? E Agora que vamos fazer essa porra desse som rolar mesmo, pois a banda está aqui pra tocar pra punk, e que por mais que o show do GBH fosse um grande evento, naquele mesmo lugar de sempre que ninguem reclama o preço da entrada, Nada foi tão sincero e verdadeiro como esse festivalzinho no coração do extremo suburbano da zona leste.
O dia começou bem cedo para nós que estávamos organizando esta gig. Ás 11 da manhã já estava Eu, Cesar (Guitarrista do Pé Sujus) e o carretinho que alugamos na Casa Punk, Lar e estúdio da banda Luta Armada, que Organizou o evento comigo e todo o restante da tour do Bloodclots, para recolhermos a aparelhagem a ser usada no som e os instrumentos, pedestais e Cases para que pudéssemos honrar ao máximo o horário de início da gig, que estava marcado para as 14 horas a primeira banda.
Tudo certinho e nos conformes, restava saber se todas as bandas contribuiriam com a presença no horário em que cada uma foi designada a tocar. Afinal, muitas vezes as próprias bandas fodem com o evento, chegando tarde de propósito com aquela coisa de "Não querer ser o primeiro ou tocar pra ninguém". Mas a primeira Banda, Raids, estava lá exatamente ás 14 horas. Um pequeno entrave fez o show atrasar em meia hora seu início, mas exatamente ás 14:30, o Raids já estava tocando. Por mais que não tivesse tanta gente ainda presente, a galera presente curtiu bastante a apresentação da banda, cujo baixista Adson saiu correndo após o término - Aproveitou seu horário de almoço para tocar nesse som! Arrebentou na apresentação e ainda se safou da punição do patrão hehehe.
Segunda banda a tocar, diferentemente do flyer que programava o THP nesta ordem e que não chegara ainda por motivos de trânsito enfrentado por sua van no meio do caminho, foi a vez da banda Jhaspion, mandando ver seu crossover/Hardcore pro salão ainda meio que vazio, mas com gente interessada em ver o som da banda e aos poucos mais pessoas foram chegando.
Enquanto o THP não chegava, aliás, nenhuma outra das bandas não chegava também, os horários iam sendo alterados. Mas o som ia rolando sem intervalo praticamente. Depois do Jhaspion, foi a vez do Atos de Vingança. Com um som cada vez mais pesado, cadenciado e puxado pro crossover, foi uma apresentação Curta e Grossa, um petardo atrás do outro, mostrando o maior entrosamento do batera Kaskadura com o restante da banda, proporcionando shows cada vez melhores.
Enfim, a galera do THP chegou e já foi diretamente direcionada ao palco para já na sequencia descarregar seu repertório igualmente curto e violento, mostrando porque é uma das bandas mais promissoras e influentes da cena da baixada santista mesmo com pouco tempo de existência. Pra quem nao sabe, THP é a abreviação para "Thrash Hungry Punx". E O salão aos poucos ia ficando mais cheio de gente.
Da série "Não tem tu, vai tu mesmo", em alusão ás trocas de horários e empecilhos pras bandas chegarem no horário, seria a vez do sub-existência. Mas como ainda não tinham chegado também, foi designada a única banda completa para tocar depois do THP: Esgoto. E sobre a apresentação da banda Esgoto eu sou suspeito para falar algo, ainda mais que se trata, na minha opinião, da melhor banda do Brasil. A Banda está cada vez melhor e, amparada pela ótima aparelhagem da Gig, fez um som poderoso e prazeroso de se agitar. Por mais que eu tivese fazendo as vezes de porteiro/Segurança/Recruta zero do evento, dava pra ouvir tudo claramente - E uma pescoçada aqui e outra ali para ver como tava lá dentro.
E o Sub-existência, que chegara logo após o início da apresentação do Esgoto, já foi encaminhada direto pro camarimzinho de afinação e montagem de ferragens e fez a sequencia com muita classe! Shows do Sub-existencia são meio raros, mas é sempre ótimo vê-los tocando, com as músicas que já são velhos clássicos do suburbio, como "3º mundo", "Fogo Cruzado" e "Mundo de Ilusão". O Salão a esta altura já tinha uma galera mais numerosa e que pogava sem parar ao som dos caras.
Em seguida, foi a vez do Lokaut! Já cansei de falar nesse blog que é uma das bandas linha de frente da cena, que estão cada vez mais firmando seu espaço na memória do Underground Punk rock nacional e que sempre que eles vão tocar, arrasta uma galera que canta junto os sons e tudo. Neste show Uma das vocalistas, a Kátia, Não pode comparecer. Mas a Mônica segurou os vocais e junto com a banda fez mais uma apresentação repleta de energia e convidativa ao pogo.
Enfim, a ordem do Flyer depois do Lokaut foi seguida á risca. Subiu no palco o Ódio Social pra detonar tudo! A noite já caia, uma galera em bom número já presente no local até que no meio da apresentação do Ódio Social acontece o que não deveria acontecer: Estoura a pele do Bumbo! A Gig fica parada por pouco mais de meia hora, enquanto o babão (Lokaut) fazia um remendo provisório pra banda terminar sua apresentação ao mesmo tempo em que a Marcia (Luta Armada), corria atrás de um taxi até Poá, Cidade vizinha, para providenciar outra pele de bumbo.
Pele de Bumbo trocada, correria feita e nervos a flor da pele por parte de nós, sofredores organizadores, Sobe ao palco Estado de Guerra. A Galera presente agitou do começo ao fim a apresentação da banda, que é outra que quase não toca, mas quando toca faz todo mundo sentir falta depois que acaba o som. Mandaram ver seus principais sons próprios, presentes nas coletaneas e no Split com o Luta Armada, e covers de Clássicos, como Kaaos.
Depois foi a vez do Pé Sujus, com este aqui que escreve totalmente esgotado, mas que reuniu suas últimas forças para fazer uma apresentação memorável. Foram 8 músicas, devido ao pouco tempo de palco para cada banda, mas mantivemos a energia e a empolgação do começo ao fim, e a banda teve uma receptividade do público melhor do que a esperada. Modéstia a parte, Minha banda É FODA e quero ver o filho da puta que vai achar ruim porque falei isso!
A Décima Primeira banda foi a The Squintz, que veio diretamente do Distrito Federal, com seu poderoso punk 77 autêntico que não deixa ninguém parado. A Banda é tão boa que meia hora de show foi pouco, Muito pouco, pouco até demais... Boas músicas, Bons instrumentistas e boas influencias fazem de bandas como essa essenciais para a cena e pra quem gosta de boa musica.
Penultima Banda da Noite, e uma das mais esperadas, foi a vez do Luta Armada. Outra banda que quando toca, não deixa ninguem estático em seu canto, o som é um autentico convite ao pogo. Uma banda que tem estilo próprio, peso, espírito Punk. Tem Presença de Palco, tem carisma, tem humildade. E Tem gente que fala mal ainda, como pode? O Show foi curto, só que mais curto do que deveria: Apenas 6 músicas, devido ao horário avançado do evento. Mas foi uma apresentação realmente Foda!
Encerrando a noite, a banda mais esperada: The Bloodclots! A banda, que esteve do começo ao fim no meio da Punkaiada, Tirando Fotos com a galera, pogando o som das outras bandas e tomando as iguarias alcoólicas do nível de Velho Barreiro e Cantina do vale, subiu, enfim, ao palco. Os caras tocam pra caramba, São carismáticos, doidões e verdadeiramente Punks, totalmente sinceros em sua proposta. Vieram do Próprio bolso para cá, trocaram suas escalas de trabalho para as datas casarem e poderem vir fazer esta tour, e ainda por cima fazem um Punk Rock/Hardcore de Primeira! A Galera toda que insistiu em ficar até o final pogou do começo até o fim e era recompensada com mais empolgação e energia da banda, que sempre parava entre uma musica e outra pra trocar uma ideia com a galera.
Saldo Final: Nenhuma Briga (Só o Cisão, amigo do Blog, chapado e perdendo um pouco a noção do que fazia, mas nada demais), Nenhum prejuízo (Deu pra trincar a casa e descolar uma ajuda de custo para a banda), Público não muito grande, mas somente gente firmeza no baguio, vindo até mesmo algumas pessoas do Interior, e Muito cansaço no final do evento em nós, organizadores sofredores e Punks acima de tudo. Quem foi no GBH simplesmente PERDEU! Não é nada fácil fazer um festival Punk totalmente Faça-você-Mesmo com banda gringa, no subúrbio e com 10 reais na entrada. Por mais que seja difícil, a gente fez. E não fique falando que a gente se acha por que fez, cala a boca e vem ajudar a gente que o que precisamos mesmo é mais gente empenhada pra fazer essa porra de cena andar e ser cada vez mais forte. ÊRA SUBURBIO!
sempre o cizão ! hauhauhuahuahuah
ResponderExcluirTinha a informação que o Valter do Sub-existência tinha morrido de cirrose, na época (maio-2011) me mandaram até o endereço de sua cova no cemitério da Saudade, que coisa, como diz o ditado "vaso ruim não quebra"...
ResponderExcluirótimo texto!
Provos Brasil
Muito foda ver essa foto do jonh com o juninho na foto =)
ResponderExcluiroxi, não era o juninho não, o bixo tava cos kra do luta armada na fotu
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