domingo, 16 de janeiro de 2011

OS REPLICANTES - SESC VILA MARIANA, 14/01/2011

Pois é, Não tem foto do show, vai da formação! Beijo Júlia Barth, Gatchénha! ;)





E lá vamos nós para o primeiro rolê Punk do ano! Rolê eu já venho fazendo desde o início do ano mas demorei 14 dias pra ir numa gig - Além de fazer rolê punk sou DJ do Projeto Shadowplay, pra quem gosta de anos 80 como Joy Division, Echo & the bunnymen, Camisa de Vênus e Replicantes... Oooopa, REPLICANTES! Sempre bom ouvir um replicantes, minha banda nacional favorita, simplesmente pois é um Punk Rock energético e ao mesmo tempo não se prende ao "padrão" cara feia e "A na bolinha" na jaqueta. Fala das bebedeiras, de mulheres, de sexo, de violência, protesta, contesta e diverte. Perfeito, afinal é tudo aquilo que se passa em nossa vida.

Fiquei sabendo que no Sábado, 15 de janeiro a banda faria um show na Hocus Pocus, em São José dos campos, mas é óbvio que teria um show deles por aqui também. Lá vai eu fuçar no Pai dos Burro, A.K.A. Google, algo sobre apresentação do replicantes na capital, eis que a boa notícia surge e o Brilho nos olhos e o sorriso no rosto chegam ao seu apogeu: sexta, ás 20:30 hs no Sesc Vila Mariana, morre 12 conto na porta e fica todo mundo feliz, êêêêê...

Fiquei a semana toda em contagem regressiva para ver os Irmãos Heinz, Julia Barth e Cleber andrade em ação - E quebrando aquele paradigma chato que Wander Wildner é insubstituível, achava a mesma coisa quando Finho saiu do 365 e Deedy entrou em Seu lugar, é só dar tempo ao tempo que as evoluções aparecem e as pessoas que são responsáveis pelo novo gás dado á banda mostrem o melhor de si a cada apresentação que se passa.

Chegou enfim a sexta feira... Combinei com uma minazinha aí (hehehe) de irmos juntos, ao menos teria companhia. Mas, no centro da cidade numa passada na galeria Nova Barão, eis que encontro Um velho amigo daqui do itaim sem rumo, o Cisão (esse cara é foda). Seguimos para o Metrô ana rosa e aguardamos a minazinha, que por azar de morar perto de córrego teve sua rua alagada pela chuva que massacrava a capital paulista... Só eu e Cisão vamos lá, chegando uma hora antes conforme recomendado pelos dados apresentados no serviço de divulgação do evento.

Chegamos lá alegres e contentes e Damos de cara com uma placa: REPLICANTES - INGRESSOS ESGOTADOS! Esta cena, juntamente com umas meninas panacas que cantavam restart ao violão no saguão do SESC me fez lembrar aquele célebre vídeo no youtube sobre a "Puta falta de sacanagem" com os fãs do restart que ficaram sem ingressos num showzinho em livraria que não cabe ninguém. Mas não somos fãs de restart, somos PUNKS e ao invés de chorar, damos nossos pulos e nos viramos. Encontramos uns Punks do ABC amigos nossos que compartilharam conosco a mesma frustração.

Pensei comigo: Falta 20 minutos para começar o show e não tem nem umas 30 pessoas ai aguardando... Não é que os caras inventam de colocar um show de Punk rock num auditório de capacidade para 130 pessoas? Todo mundo sentadinho civilizadamente assistindo Replicantes? Isto é um insulto á nossa Inteligência, á moral e aos bons costumes! Enfim, o povo foi chegando... os lugares vagos... O show começando e um monte de lugares sobrando... Duas filas se formavam: Dos felizardos (ou desgraçados) que já tinham ingresso, a maioria gente que nem sabe o que é punk rock, uns tiozinhos que ficam no sesc o dia todo que compraram o ingresso porque era o show que tinha pra ver no dia... e os Punks e rockeiros podreiras desprevenidos lá, babando por um lugar que sobrasse.

Começou o show, e pra mim que estava do lado de fora, a tortura: "Boy do subterrâneo" começou a ecoar pelo salão chegando aos meus ouvidos pelo som abafado da porta fechada, Seguido de "O futuro é Vórtex" e eu pogando pelo chão encarpetado totalmente encapetado com a esperança de entrar naquela bagassa. Veio um som do disco novo, "Maria lacerda", que no começo achei que era "Pra ver se eu conseguia", o começo das musicas são parecidos, mas enfim... Dois amigos que estavam na fila estavam lá brisando. Um dos caras tinha ingresso e disse que não entraria se seu amigo não entrasse e colocou a venda. Um cara que tava na fila solitário resolveu comprar. O cara pediu 30 reais, "o preço que eu paguei" segundo ele, e lá vai o gordinho feliz com o ingresso superfaturado curtir o show já começado numa confortável poltrona. Senti dó e inveja do cara ao mesmo tempo. Aí a tortura foi piorando com "Sandina" e eu implorando pro cara liberar a porta pra gente porque nem todos os lugares estavam preenchidos..."Pra ver se eu conseguia" no ar e eu atarracado pulando no salão atrapalhando a leitura dos concentrados leitores na salinha silenciosa ao lado do auditório. "Astronauta" começou e eu pesando no carinha da porta pra ele botar o povo pra dentro que nem todo mundo que pagou veio e tava cheio de lugar vago. Até que ele chama a turminha do Movimento dos Sem Ingresso de canto e distribui uns bilhetes cortesia. Felicidade Total!

Já dentro do teatro, eu entrando e pogando e cantando descendo a escadaria rumo ao pé do palco via uma cena desgostosa: Um público sentado balançando a cabeça timidamente como se estivesse num show de jazz... E Júlia barth e Cia. cantando "Mistérios da sexualidade humana". A turma do ABC que encontrei estava de pé no canto do salão pogando timidamente...Começou "Pin Up (Só mais uma chance)", o pogo foi ficando menos tímido. Lá vem "Motel da esquina" e lá vai eu sozinho metendo a bicuda no fantasma gasparzinho pogando no espaço entre os bancos da plateia e o pé do palco... de um lado ao outro. "Alguém explica", Um Hardcore do novo disco desperta um pouco mais de gente e uma pequena roda vai se formando. Vários outros clássicos como "Papel de Mau" e "Hippie Punk Rajneesh" vão tocando até que "Nicotina" começa e o Cisão tira a camisa e dá um pulão da escada do cantinho pro meio do salão e sai pulando sem se preocupar com quem estava vendo o show e muito menos com seus sapatos devidamente pisoteados "Sem querer querendo" (por isso que digo, esse cara é foda). Mais gente tira a camisa e as pessoas das duas primeiras fileiras se não se renderam ao pogo que deu um gás na apresentação foram para bancos mais atrás para assistir a dois Shows: Do replicantes e Da Roda de pogo estreita mas cada vez mais raivosa e Punk!

Começaram as primeiras baquetadas de "Surfista calhorda" e já imaginei bancos do teatro voando, mas eles são bem resistentes... O espaço entre plateia e palco totalmente preenchido por uma roda Punk e insana que deveria ter começado desde o começo do show, mas que só foi possível graças aos punks que estavam lá fora - estes sim, os que realmente tinham vontade de ver o show dos replicantes e curtir de forma que aquilo parecesse um show Punk. A saideira ficou por conta de "Festa Punk", qual outra canção mais apropriada para o Gran Finale?

Saldo Final: O Botão da calça estourou, O povo deixou aquele auditório com cheiro de Punk rock, Mochilas e camisetas acumulava-se pelos cantos do auditório, e a banda agradecendo no microfone pelo povo "ter agitado o som, pois já estavam cansados de ver todos sentados". Enfim, sobrou Dinheiro pra comprar o novo CD que diga-se de passagem está excelente! E assim se foi o primeiro som Punk de 2010 que eu fui: Com uma pá de breja na sacola eu e cisão andando da Vila mariana até o Parque dom Pedro. Felizes por ter visto um puta show e de termos protagonizado uma verdadeira Revolução nos aposentos do auditório do Sesc Vila Mariana...

RESSUCITANDO O BLOG E FALANDO UMAS VERDADES QUE VÃO INCOMODAR MUITA GENTE...

Amores! - Amores não, isso é coisa de blog de menininha e eu nasci com um pau no meio das pernas... - Leitores! Atendendo a pedidos estou de volta com essa bagassa. A falta de tempo, excesso de trabalho e projetos paralelos e um recente aborrecimento e desgosto com a cena me afastaram deste blog que já foi tido como "ótimo" e que agora está sendo chamado de "abandonado". Pois bem, acabei de tirar esse blog das ruas, do vício do crack, cortei seu cabelo, aparei sua barba, botei-lhe uma roupa social e uma bíblia debaixo do braço e o deixei novinho em folha e cada vez mais digno... apesar da bíblia ser só status de boa gente pra esse blog, que, recobrada a consciência, irá se tornar cada vez mais PUNK!

E como toda boa volta após sumiços sem justificativas, tenho que ter uma plausível né... Pois bem! Não digamos que do Mês de março em diante andei afastado da cena, pelo contrário, compareci em muitas Gigs, Organizei mais Gigs ainda, Vi shows de bandas como The Adicts, Cockney rejects (dispensa postagem, resumo em uma frase: O MELHOR DO ANO!), Buzzcocks, Varukers (Em são caetano e em piracicaba, Muito foda), entre outros que dariam várias postagens boas. Mas ao mesmo tempo, várias merdas ocorreram na cena: Um falecimento, Fofocas comendo solta (sobrou até pro baixista da minha banda, que virou "Careca" de acordo com as más línguas, vê se pode...), A volta de algumas bancas indesejáveis e atrasa-lado ao rolê (e o pior que os cara tem mulher e filho e fica na rua caçando assunto com os outros ao invés de cuidar pra própria vida...), um advento de "Filhotes de careca" no rolê ( A maioria "Punks" surgidos em 2009 e que não precisavam de um ideal pra viver, mas de um grupo para andar), que incrivelmente nem tem verdadeiramente o tal ideal nacionalista que pregam e que vão partir pra uma próxima modinha quando ser careca não for mais legal; a banalização do termo "antifa" - Todo mundo virou antifa agora no rolê, mesmo sendo homofóbico, preconceituoso e machista... enfim, 2010 em minha concepção foi um ano horrível para a cena Punk em são paulo e se alguém disser que foi bom é por que faz parte dos grupos citados que tem várias merdas feitas por aí como trunfos...

Pois bem, não é porque o rolê tá tomado de gente idiota que a luta não pode parar! Se em São Paulo tá essa lambança toda, vamos tentar resistir culturalmente - Já que nos protestos de 1º de maio, 7 de setembro e outras datas combativas os protestos mais parecem uma marcha policial que escolta os poucos manifestantes que em momento propício são encurralados e brutalizados pelo poder do estado... e mesmo assim os poucos que colam no protesto ainda tem a cara de pau de acender um baseado e andar com uma garrafa de goró, achando que é assim que a gente vai mostrar qual é a nossa postura de fato - Pra fumar maconha e tomar cachaça temos a passeata do Raul...

Em questão de resistência cultural, que meu desabafo sufocou no parágrafo acima, temos várias ações e projetos, como:

- 1 Minuto para o Caos - Peça teatral escrita e encenada por Punks pelos butecos do subúrbio (inclusive com esse que vos escreve atuando no papel de "político), teatros e CEUS da Cidade de São Paulo, e Região metropolitana, elaborado em parceria com a Cia. Esquizocenica de Teatro e o Coletivo Neurotikas, Esta peça foi vista por aproximadamente 1000 pessoas em todas suas apresentações de maio a dezembro - Parece pouco, mas é só o começo, e os Punks de som que me perdoem, mas irão ter que se acostumar com teatro nas gigs pois a vontade é maior e um novo projeto já está em discussão para estrear neste ano. Enfim, uma peça séria e ao mesmo tempo caótica, elogiada e apoiada por velhos e Renomados figurões da cena punk e por grupos que realmente sabem o que estão fazendo nessa porra de cena punk, além de mostrar aos punks que somos todos capazes de produzir um espetáculo teatral e não precisamos de nenhum Bortolotto ou coisa do tipo para nos dizer como faz numa cena ou como se faz em outra...

- Coletivo Neurotikas - O mais ativo coletivo punk em atividade em São Paulo (Doa a quem doer, as meninas são foda, não é porque eu sou amigo delas não, elas metem o loko mesmo e fazem acontecer nessa cena - o problema é que tem gente que não faz porra nenhuma no punk além de tirar foto de visu pra por no orkut ou no facebook e fica falando mal das minas), neste ano extrapolaram em ativismo prático! Podemos enumerar algumas ações (que eu me lembre... foi Muita coisa!): Passeata na Cidade de Jacareí/SP (em parceria com os punks locais e presença de Punks do sul de minas gerais) Pelo dia Internacional da Mulher, reunindo cerca de 100 pessoas panfletando, expondo faixas e cartazes nesta pacata cidade do interior e terminando o ato num debate no finado Bar do Michu.; Exposição de Vídeos e Discotecagem feminista num evento no Hangar 110; Realização do evento Neurotikas Fest II no Cesar bar (Itaim paulista); Realização de vários eventos na Ocupação Mauá, na Luz (centro de SP), como "Ao florir das flores", evento que reuniu debates, palestras bandas punks e até o forró do pica pau (a melhor atração da noite); Evento Beneficente pelo dia das crianças, promovendo um grande café da manhã para as crianças da ocupação; Evento "Feminino e Feminista" com Bandas Punks femininas e Grupos/Cantoras de RAP... entre muito mais coisas que eu não lembro. Fato: as minas são foda, São Punk e o pau vai comer se alguém ousar falar merda delas - vai produzir alguma coisa bando de vermes parasitas!

Não estou desmerecendo outras iniciativas ou outras cenas, pois a cena que eu vivo e de que não vou sair tão cedo é a cena do SUBURBIO, onde o punk acontece de fato, não em porta de galeria ou em locais "libertários" que a cerveja é 5 real, a gororoba vegan de ontem é 3 reais e não dá nem pro começo e os anti-capitalistas usam tênis ecologicamente corretos de 300 reais que apesar denão ter nada de origem animal foi construído em taiwan ou no brás mesmo com mão de obra semi-escrava. Mas meu objetivo é me aproximar de mais pessoas, iniciativas diferentes, intervenções diferentes. Porém, procuro me aproximar do que é honesto, pois uma cena que se diz libertária e chama as pessoas de fascistas por não seguir os seus princípios ou por comer carne não merece nem um pouco de consideração. Além da cena suburbana tenho também contato de longa data com a cena anarcopunk, que esteve meio parada ultimamente mas que em breve tá voltando com muita coisa boa pra gente e continuo apoiando desde que ninguém me encha o saco. Gostaria inclusive de ver nos comentários outras ações realizadas por grupos que não tenho contato ou não conheço.

Senti falta de Gigs Beneficentes - Eu que tô reclamando deveria dar o exemplo, mas a ultima GIG com 1 kg de alimento na entrada que organizei (com uma banda gringa inclusive), das 150 pessoas presentes só 20 trouxeram alimentos e ainda 10 kg dos alimentos eram açúcar, sem falar que um garoto saiu esfaqueado e eu quase tomo no cú. Acho que se os Punks não sabem ser solidários com eles mesmos, imagina com os outros... daí as gigs estarem recebendo apenas dinheiro em sua maioria - as minhas gigs são em dinheiro para pagar segurança pra dar geral em todo mundo pra ver se pega um BO com alguém... coisa que não precisaria, mas a idiotice do "punk faquinha" tem que prevalecer acima de toda postura e ideologia no rolê e quem se mostrar contrário vai tomar facada...

Gigs Vazias: 2008, 2009, Gigs sempre cheias, independente de onde fosse, a galera tava sempre lá apoiando, prestigiando as bandas e a cultura punk e na santa paz. Esse ano a maioria das gigs eram sempre de lotação dispersa, clima efêmero e apático, talves por causa do já citado êxodo acéfalo de punks para o"carequismo" e gente de bom senso que ficou de saco cheio das patifarias e saiu fora da cena, além da cena continuar cheia de gente mendigando na porta pra entrar de graça com um maço de marlboro no bolso, um pino de cocaína na mochila e uma garrafa de 51 na mão - Investimento aproximado de R$ 20 e pra pagar de R$ 3 aR$ 5 reais, na entrada do som não tinham... Vergonhoso...

Top 5 das coisas Ruins na cena:

1- Morte do Vocalista Tikão, da banda M-19 (Vai fazer falta, mas ouvi dizer que a banda continua - Valeu por tudo,mesmo sem conhecer admirava o trampo do cara)

2- Show do The business, nem o show que eu não fui foi ruim... a banda de abertura nacionalista de direita e Surpresa desagradável para os Punks pagantes e o destempero e intransigência dos produtores do show frente á críticas na internet, além de amigos presentes no show me falarem que os caras perguntavam algo como "Onde estão os Punks?", com um silêncio e ruidos de conversa da platéia como resposta.

3- Vira-casaca, os já citados Moleques punheteiros que arrumaram uma nova turminha pra postar fotinha na internet com legendas do tipo "Anauê Honra e Disciplina" (hahahahahha).

4- Fim do programa ContraCultura, que passava nos domingos á tarde na rádio Trianon AM - Por falta de patrocínio, apoio e ouvintes - Afinal Punk é malvado no sábado, domingo assiste faustão ou vai no shopping com a namoradinha pagodeira ver comédia romântica...

5- Protestos Miados - Hoje em dia ir ao protesto significa tomar borrachada. Quem tem vontade de protestar não vai por causa dos indesejáveis que se misturam no bolo... e os indesejáveis não colam também pois não tem gente suficiente pra muquiar os BO. Se continuar do jeito que tá, no próximo protesto é só pedir o uniforme da cadeia e as algemas ou então se Junte á causa dos policiais e participe da marcha rebelde sem causa de policiais que em maior número sufoca o número de punks presentes.

Mas rolaram coisas Boas também! E estas coisas boas podem se resumir apenas a gigs lotadas, como em outubro no Centro cultural da Juventude ou em novembro no hangar 110, Alguns coletivos aparecendo para somar na cena, como o Somos Vivos que trabalha desde fanzines até mesmo em stickers e stencil pelas ruas da cidade, a consolidação de vários espaços para a realização de eventos apesar das dificuldades, como o Noise terror, o cesar bar (agora bem maior e com palco em novo local), O Balburdya, bar da dona edna e o recém inaugurado porão em itapevi, Locais que mantém viva nossa essência de cultura e revolta e resistem ás dificuldades e ao tempo para oferecer espaço e eventos pra galera.

Neste ano fiz Muito rolê pelo interior, tocando ou indo encher o saco dos outros, posso destacar campinas e o Decontrol rock Bar que quase toda semana tem Gig Punk/Hardcore, além da velha e boa Hocus Pocus em São José dos campos trazendo as melhores bandas em gigs inesquecíveis na região do vale do paraíba. Saindo do estado de São paulo, assisti á uma raridade: O festival Sobrevivência Punk, na cidade de Itajubá/MG foi realizado em Praça Pública com uma aparelhagem fora de série e com presença maciça de Punks do Sul de Minas e do interior de São Paulo. Sem falar que me tornei Frequentador assíduo da Rua ceará, no Rio de Janeiro, onde fui em 3 Gigs totalmente podrera e underground que sempre trazem as mais representativas bandas da cena do rio como lacrau, repressão social, pacto social, indigentes, sub-atitude, desvio de conduta, falência cerebral, entre outras. Ia ter um som no Alemão, mas a brutal invasão do exército foi no mesmo dia. Ainda bem que não tava de passagem comprada. Tais viagens enriquecem nosso currículo de experiências e nos trazem lembranças incríveis, além de aprendermos a lidar com cada cultura, cada jeito de ser e fazendo me convencer cada vez mais que vale mais a pena fazer um rolê beeem longe daqui da capital paulista.

Tá bom, devo ter reclamado pra caramba e ter comprometido algumas coisas da cena nessa postagem, mas tem solução: Mudar as posturas, rever as atitudes. Por um movimento PUNK mais combativo, ético, organizado e melhor esclarecido em 2011. Se isso ajudou a abrir os olhos ou chamou a atenção, reflita.. como diz uma música de uma banda de um amigo, "Pense em você-Pode estar errado". Já se você achou um absurdo e odiou e achou isso uma puta falta de sacanagem é porque a carapuça serviu... aproveita que ela é sua e a enfie no rabo.

Enfim... prometo nunca mais abandonar vocês queridos leitores e me desculpe se essa postagem tá mais chula, cheia de palavrão e de gíria, mas o Feio bonzinho e tolerante com patifaria acabou faz tempo. E a próxima postagem, sobre GIG, será uma cobertura jornalística misturada com experiencias vivenciadas como sempre faço. Don't worry. Take it easy my brother Charlie, Take it easy meu irmão de cor... (Salve Jorge Ben!)