terça-feira, 27 de dezembro de 2011

...mas o que foi 2011, hein?

Esta postagem tem o Patrocínio de mim mesmo da FEIO RECORDS! Auto promoção de cu é rola!!


Muita gente comentava
Muitos pregos comemoravam
Que o Blog tinha morrido
Mas o Blog não morreu
O BLOG NÃO MORREU!
O CENA PUNK NÃO MORREU!
O CENA PUNK NÃO MORREU!

Como já é de costume e como previamente anunciado, rola um hiato de meses e de repente, Bang! Lá vem eu falar da cena do que aconteceu, meter o pau em uns, elogiar outros e por aí vai... E como já é tradição, lá vai eu justificar minha ausência: Pura Preguiça! Além das correrias com a minha lojinha, que saiu da zona leste e foi parar no centro, e, por mais que eu fique o dia inteiro na frente do PC esperando a boa vontade de um filho de Javé entrar aqui e comprar algum cacareco, não me senti inspirado a escrever linhas que só não são tortas por conta da tecnologia que obriga tudo a ser digitado a ficar reto.

Neste meio tempo aconteceu, muita, mas muita coisa na cena: Muitas Gigs, protestos, lançamentos de discos, zines de papel retomando seu espaço e infelizmente muita, muita coisa triste mas que fez o punk em São Paulo retomar um pouco seu papel de resistência cultural e política.

INVASÃO PUNK DIGITAL

Atualmente, o facebook vem se consolidando como o maior veículo de comunicação utilizado entre os Punks/Skins Antifascistas, e, por mais que esta ferramenta ajude e muito a divulgar a cena, chamar para protestos e reflexões, compartilhar textos e imagens de protesto e pedir apoio para causas pertinentes á nossa cena, ao mesmo tempo expõe muito o que é cada um de nós e por conta disso não há só a vigilância constante dos pilantras fascistas no que é postado, assim como tem muito investigador de polícia querendo achar pêlo em ovo numa luta que é limpa e que, se é tão exposta, não tem nada de comprometedor a esconder, afinal quem não deve não teme, diferente dos Carecas e dos Nazistas que escondem onde são seus shows, encontros e etc.

A Palavra Cyberativismo (junto ou separado? Foda-se o sentido é o mesmo) está cada vez mais em voga. Isto vai desde o repasse de um texto de protesto ou denuncia, até mesmo a "Investigações particulares" sobre grupos ou indivíduos nocivos ao olhar de quem está fazendo aquilo. Mas isto também faz surgir os Cyberchatos: Pessoas que ao invés de produzirem algo para que circule e seja útil para nossos cérebros famintos, simplesmente criticam tudo e todos e promovem um verdadeiro patrulhamento ideológico por trás dos teclados, com palavras rebuscadas (com ajuda de um Aurélio ou Houaiss ao lado) e frases feitas, fazendo de tudo para que você seja sempre o errado no que se propõe a pensar e ainda oferecendo o terrível risco de ativar o CAPS LOCK caso seja contrariado (Meda!!). É o Prego Virtual... esse não dá facada, mas enche nosso feed de notícias do face com comentários inuteis e isso dói. Nem na mente, mas no bom senso, que de saco cheio faz desligar o computador e dizer: "Era melhor ter ido ver o filme do Pelé..."

Voltando a vida real, porque dediquei estas primeiras linhas para a Internet? Como já havia dito, além de ser a maior ferramenta de comunicação da cena, em 2011 teve uma adesão absurda de Punks. Foi responsável por coisas felizes e tristes que vou enumerar aqui, e pra parar de ser repetitivo, vamos ao que interessa e em cada tópico a ser aberto, cada um vai medir a importancia da internet e das redes sociais em cada fato de acordo com sua experiência pessoal. Ou não...

DA CENA MUSICAL

2011 em São Paulo foi extremamente Rico em Gigs, shows, encontros, festas, discotecagens e qualquer outra roqueiragem com um monte de punk feio, sujo e malvado. Nâo houve uma semana sequer que não houvesse nada pra fazer na área compreendida como Grande São Paulo. Espaços já consolidados como Cesar Bar (no Itaim Paulista, há 3 anos abrigando o Punk Rock na zona leste todo mês - quando não há mais de um som por mês) , O Porão em Itapevi (Mais punk e melhor do que nunca, vale a pena a aventura pra chegar lá - e a coragem de dali sair as 5 da manhã exausto, e rola praticamente toda semana... na falta do que fazer, Vá pra Itapevi!!!), Estúdio Noise Terror ( no Jabaquara - Com a chegada de Orlando Saltini na sociedade do espaço melhorou muito no quesito Goró), Cidadão do Mundo (Em São caetano, este ano foi literalmente Tomado pelos Punks) fazem a cena sempre respirar e resistir, além de dar espaço para novas e antigas bandas compartilharem palco, cerveja, experiências e instrumentos.

Além dos locais citados acima há os espaços que há anos abrigam eventos Punks sem tanta frequencia, mas que estão conosco há anos. Estou falando do Studio Galpão em Ferraz de Vasconcelos (Que neste ano abrigou só uns 3 eventos, mas todos valeram a pena), do Conde Wlad Rock Bar (Em Ermelino Matarazzo, que no que depender de mim e do Walter do Sub-existência, ano que vem estará entre os locais consolidados da cena, Fizemos muitas gigs por lá em 2011), Do bar da Loira do Jardim Eliza Maria (Que teve boas gigs este ano), Do bar da Dona Edna em Osasco ( Este ano teve poucas, mas boas coisas rolando),do Brisas Bar em Santo André (Depois do Cidadão do Mundo, o principal ponto de encontro das bandas Punx do ABC), do Sattva Bordô (Com suas Matinês Hardcore) e quase ao lado o Ego Club (que abriga a Verdurada), sem falar também do Caffeine, com suas mini gigs de bandas Crust de mini repertório em seu mini espaço, porém de enorme importância pelo tempo que está na ativa. Estes Locais também contribuem para que a cena permaneça ativa. É meio chato quando ocorrem várias Gigs no mesmo dia, dispersa um pouco o público. Mas por outro lado mostra a força, a grandeza e a magnitude do Punk. Mostra como estamos certos e como é serio. Ahhh tem o Hangar 110, com muitos shows bacanas... mas estamos falando da Cena Underground. Se falarmos que o Hangar é a maior casa Punk de São Paulo (em termos de estrutura, boa aparelhagem e espaço é mesmo, mas não representa o Punk da periferia, que faz o punk ser punk), não valeu de nada nosso esforço pra fazer nossos eventos nos butecos do suburbio, geralmente evitados pelo público do hangar e pelas bandas "Grandes" que só ali tocam, batendo no peito o orgulho de ser da Periferia - Então porque não toca na periferia, caralho?

Perdemos um espaço, o Espaço Impróprio. Mas Ganhamos outros! Temos agora a Casa mafalda, na Lapa, que não abriga só shows, mas festas, debates, mostras, exposições e outras cositas mas, além de ser a Sede do Autônomos F.C., Time de futebol formado por anarquistas que por meio do esporte leva também o ideal libertário para dentro e além dos campos - e que já ganhou muitos "Títulos" pelas várzeas da vida. Temos também o Gereba's Bar em Arujá, que por mais que já houvessem rolado Gigs por lá ano passado, na segunda metade do ano em diante viu acontecer shows punk com mais frequencia.

No Interior de São Paulo e no Litoral as coisas estão começando a melhorar... no começo do ano eram muito poucas gigs no interior de Modo geral. Porém a reação ocorreu como um BOOM e agora vemos vários flyers pipocando internet afora anunciando shows na Hocus Pocus em São José dos Campos (Deu uma caída mas voltou com tudo!), No Plebe Bar em Indaiatuba (Agora maior, melhor e Reformado), Kingston rock Bar em Limeira, Bar do Faustão em Sorocaba e sem falar do maior evento do Litoral, o Die Hards, realizado pela galera do Coletivo Moonstompers Crew (ou MS) no Bar e café Santista, obviamente em Santos, que leva sempre uns 2 busão lotado de doido além da galera de lá, fazendo cada Die Hards ser um puta evento - Sou suspeito pra falar, não fui em nenhum, mas quem sou eu para duvidar da voz da unanimidade???

E o melhor de tudo é que tá começando a sair uma pá de CD de novo! Aqueles Cds que agora ninguém faz questão de dar valor, mas daqui a 10 anos vai ter nego vendendo a 80 pau no mercado livre. Mas bastante CD saindo significa que a cena tá crescendo, as coisas estão melhorando e não custa nada deixar duas cervejas de lado pra adquirir o trampo de uma banda (ou várias num CD só), para que assim ela tenha recursos e motivação de lançar um segundo, terceiro e enésimos discos. Poucas bandas no Brasil tem uma discografia tão longeva, afinal a falta de apoio do público faz a banda desmotivar e, se não acaba, permanece tocando as mesmas coisas por anos a fio sem apresentar novidades. E, eu, como não poderia deixar de ser, entrei de cabeça nesse bagulho de Selo e lancei a Feio Records, que apesar de não bancar a prensagem dos CDs em sua totalidade, dá uma forcinha e recebe umas cópias em troca da merreca, fazendo assim meu lymdo e Maraviôzo rostinho sorridente ser estampado em vários lançamentos que saíram e que ainda vão sair... azar dos meus desafetos que terão que olhar pra minha cara cada vez que forem pegar a contra capa de um Cd Feio Records para ver o nome das músicas das bandas... Se é para ser aparecido, que seja feito do jeito certo, nénão? Hahahhaha

Os principais lançamentos deste ano foram o CD "Mundo Doente" do Lokaut, que além de muito bem gravado e produzido, tem uma parte gráfica bem elaborada e diagramada. Este foi o ano do Lokaut. Nenhuma banda fez um estrago tão considerável na cena como eles. Só deu eles. E nada mais justo que coroar este momento com um Full-Lenght! Também saiu o 4-way-Split "Faccion Terrorista Ódio ao Sistema" com as bandas Facción de Sangre, Ação Terrorista, Ódio Social e Sistema Sangria, quatro das mais Brutais bandas do cenário Hardcore Punk de São Paulo descarregando uma desgraceira sem precedentes em Seus Ouvidos! A produção gráfica é bem simples, com foto e contato das bandas apenas, mas o que interessa é botar o Cd pra rodar e sair chutando tudo pela sala - Até o irmãozinho se este for muito chato. Estes dois São Feio Records, além dos outros selos que ajudaram a trincar, lógico... quem me odeia evite comprar esse disco que lá está meu rosto sorridente rindo da sua cara de cu quando me vê.

Saiu também o split "Vida Punk", com Phobia e ARD (ex-Stuhlzapfchen Von "N"), o EP 7' do Speed Kills pelo selo Nada Nada Records, dos mano da Loja the Records, que foram responsáveis também por relançar o compacto "Botas, fuzis e capacetes" do Olho Seco e uma Luxuosa caixa contendo o LP split do Cólera com o Ratos de Porão ao vivo no Lira Paulistana, além de camiseta e poster e mais um baguio que eu esqueci o que vem dentro. Saiu também o CD "Amanhã vai ter Troco" do Total Terror DK, Não tão nova assim empreitada do Nene Altro, bem produzido e de apresentação simples, no envelopinho e em CDR silkado, mas muito bem feito. E 2012 promete na indústria Fonopunkgráfica: Novos Cds do Juventude Maldita, Sub-Existência (comemorando 25 anos de banda), Pé Sujus (Primeiro full-lenght), Kob 82 (Pela Red star Recs), uma coletânea com 10 bandas com a parceria dos selos Rebel Music e Feio Records, sem falar do Relançamento do Clássico "Violência e Sobrevivência" do Lixomania, em CD pela Corsário Discos e em Compacto pela Nada Nada. Preparem os bolsos que se tudo isso de CD e vinil sair neste ano de 2012, sua coleção vai estar repleta de boas novidades.

E O MANIFEST, HEIN???

Neste ano rolaram vários Pré-Manifest, que seriam prévias do Manifest, o maior Festival Punk dos Últimos Tempos, que se tudo conforme planejado tivesse dado certo, rolaria no dia 19 de novembro. Mas porque não deu? O Coletivo organizador é formado por pessoas que não vivem do Punk, mas que apenas vivem o Punk. Nós (falando assim porque eu faço parte do Brancaleone Punk Rockers) somos todos trabalhadores, temos nossas responsabilidades, preocupações e famílias como prioridade em nossas vidas. Dedicamos muito tempo de nossas vidas para preparar o Manifest, que está pronto. Mas porque raios não saiu do Papel, porra? Simplesmente falta o LOCAL. Você vai falar, "Ah, local é o que mais tem, conheço uma quadra de escola de samba ou sei lá o que"... Um evento da magnitude do Manifest, que será um FESTIVAL, e não apenas uma Gig cheia de bandas precisa de boa capacidade de pessoas (Não falo de lugar pra 500 pessoas, mas sim pra no mínimo 2000, há anos que não vemos festivais juntarem tanta gente e é essa a intenção, a ambição) e estrutura boa como Palco, Camarim para as bandas guardarem as paradas e se prepararem para sua apresentação enquanto a anterior toca, saídas de emergência ou áreas de escape caso ocorra alguma coisa, espaço para merchandising das bandas, palco suficiente para movimentação da banda e acomodação da estrutura de som a ser alugada para o evento... enfim algo como este evento que estamos planejando não pode ser feito em um local qualquer. O primeiro local a ser fechado, próximo ao metrô belém, foi descartado em razão do dono do espaço não entrar mais em contato conosco e não atender aos telefonemas que eram feitos. Isto na época em que a mídia promovia a caça ás bruxas em razão da briga do show do Cock Sparrer. E depois disso surgiram vários locais na mente, mas nenhum atendia á expectativa. O tempo foi passando e decidimos que é melhor primeiro acertar com algum local (este em negociação, capacidade um pouco menor que o inicialmente desejado, mas é o que tem pra hoje e mais próximo do que se encaixa nos nossos requisitos) 100% para depois sair divulgando por aí. Mas o Manifest vai rolar em 2012 mas nem que seja no dia 31 de dezembro! Óbvio que bem antes disso, mas vamos seguir esta correria em Sigilo para evitarmos mais uma fadiga do corre: Gente querendo saber demais das coisas e pegando no pé. Portanto, aos que achavam que foi o grande fracasso ou frustração do ano, pode até ter sido, mas em 2012 o estrago vai ser em dobro: Serão Dois Dias e com mais bandas! E praqueles que torciam para tudo dar errado... pode baixar a crista que estamos chegando. Devagarzinho, mas no rumo certo.

RESISTÊNCIA!!!!!

Aos poucos o punk, de modo geral, vem retomando o seu viés de combatividade e resistência. Reagindo á varias ações repressoras do Estado, principalmente do mês de setembro pra Frente. O Ocorrido no Show do Cock Sparrer balançou a cena de uma forma que as consequências são vistas e sentidas até agora. Estou falando de Companheiros presos injustamente, pra polícia não dizer que só os nazistas que foram punidos nesta história; Um deles, O Biel, da banda Herdeiros do Ódio, está amargando maus momentos privado de sua liberdade acusado de Crime que não cometeu. Foi levantada uma campanha no Facebook e emails de interessados para levantar fundo para levantar fundos para pagar os custos dos advogados que trabalham em sua defesa, e a mesma segue até hoje, mostrando que a luta pela liberdade e justiça não pode cessar em momento algum.

O legado deixado por este evento ocasionou o sumiço de muita gente da cena "Antifascista", mostrando que havia muita gente na cena por moda e que Gritar "Antifa" não passava de um mantra nonsense, proferido apenas para ser aceito dentro de determinado circuito de pessoas, mas na hora de provar que era Antifascista mesmo meteram o pé, provando como algumas pessoas que aderiam ao estilo Skinhead eram meros modistas, que hoje não se intitulam mais como porra nenhuma e estão enchendo o cu de maconha nos Reggaes de playboy da vida (outra moda, local mais que apropriado para estes indivíduos). Quem é é, quem não é cabelo avoa! Sobraram poucos, mas os que insistem provaram ser verdadeiros.

Johni Galanciak deixou um Legado: O Levante Punk de São Paulo. O Levante promovia reuniões, troca de materiais como Cds, patchs, fanzines, tinha sempre um radinho esperto rolando um som enquanto as ideias rolavam. A intenção era juntar todos, todos os punks de São Paulo para fazer este Levante político e cultural do movimento, embora nem muita gente tenha aderido e/ou participado. Mas ainda há um grupo de garot@s que continuam o que o Johni começou, promovendo estas reuniões e planejando um fanzine, embora quase ninguém tenha comparecido aos encontros marcados pela internet. Já sugeri aos garotos que estão neste corre a formarem um coletivo, até mesmo para se concentrarem em cabeças que, apesar de serem poucas, podem pensar mais e melhor que um milhão de pseudo-pensadores juntos. O futuro do Levante Punk SP está nas mãos dos meninos e espero que como coletivo, conforme sugeri, ou da forma que está sendo levado, tenha vida longa e resistente.

Outro foco de resistência que marcou muito a cena não só Punk como polítca e social de São Paulo foi o Ocupa Sampa! Inspirado nas ocupações de centros financeiros que se espalhavam pelo mundo, em uma rede Global, o Ocupa Sampa foi o principal representante brasileiro deste movimento, permanecendo Por mais de um mês sob o Viaduto do Chá, no Vale do Anhangabaú e seguiu resistindo em locais como Praça do Ciclista, na região da Avenida Paulista e Praça Mahattma Gandhi, no Ibirapuera, sempre expulsos por truculentas ações policiais (que no anhangabaú mandou a tropa de choque ás 4 da manhã!!!) e no momento estão desenvolvendo atividades sem erguer as barracas, mas ocupando espaços públicos por Horas para atividades como Aulas livres, oficinas, palestras, debates e etc. Quem quiser conhecer melhor sobre o movimento, acesse: http://15osp.org.

TROCANDO EM MIÚDOS...

2011 foi um ano conturbado em razão de brigas, prisões e falecimentos - Além do Johni perdemos Tarzan, um jovem recém integrado ao Punk que morreu atropelado ao fugir de nazistas; Perdemos Montanha, baterista do Isabella Superstar e do Cegos pelo Ódio que faleceu nos trilhos do metrô em causas ainda não muito esclarecidas, provavelmente Suicídio; E o Redson do Cólera, que dispensa apresentações - por mais que tivesse raiva de algumas atitudes dele, registro aqui que cólera foi importantíssimo em minha formação como Punk e seu falecimento me deixou chocado.

Por outro lado foi extremamente positivo no que diz respeito á produção cultural, união entre as subculturas libertárias e antifascistas (embora haja grupos que permanecem radiais em suas posições), nùmero de eventos, adesão de jovens ao movimento, transmissão e troca de informações, Lançamento de discos, engajamento político maior e um pouquinho mais de valorização também foi constatado (Já pararam de reclamar que o som tá 5 reais pra entrar, agora falta o próximo passo: 10 reais nem é tão caro assim por um CD da banda que tá no corre com você, caralho!

Mas é lógico que sempre tem alguém pra dizer que tá tudo errado, tudo uma bosta, que o punk do jeito que vem seguindo vem criando subdivisão e enfraquecendo o movimento... Pessoas que não fazem merda nenhuma, não sabem os locais que tem som, nem as bandas que tocam, que não escrevem uma linha de texto, não vão nos protestos, não apoiam nenhuma iniciativa libertária, apenas brigam e brigam com punks. Falam isso pois são excluídos da cena, estão fora há muito tempo. Se excluem pois a cena está mais consciente e unida, destoando totalmente do critério de pensamento particular deles que eles tentam impor através da violência. Se eles aparecerem em alguma gig, não será para agregar, mas para destruir a Grandeza que estamos construindo. Mas ao verem como somos fortes e no momento que perceberem que estão enganados, nada mais justo que enfiar o rabo entre as pernas e procurar a igreja evangélica mais próxima. Destino de prego não é muito glamuroso aqui no Punk, caraio!!!

Por último, registro aqui o aparecimento de pessoas que finalmente, aparentemente, pararam de falar de quem produz e resolveram se mexer. Resta saber se é por amor ao Punk, se produzirão pra agregar alguma coisa de fato na cena ou será apenas algo efêmero, apenas para se aparecer. Qualquer iniciativa é bem vinda, desde que não seja com fins de concorrência ou disputa movida por picuinhas...

Enfim, chega de digitar, já falei o que tinha que falar, já tô zonzo e meio depressivo em virtude do disco da Sandra de sá que embala essas últimas linhas, diferente dos 4 discos do Slade que embalaram os momentos mais agressivos e efusivos desta postagem. Por um Punk mais unido e forte ainda em 2012! Este ano promete, mas só nossa atitude fará essa promessa virar realidade. Feliz 2012 a todos!!! Muita saúde, felicidade e Dinheiro no bolso, pois gritar "Êra Punk" ainda não paga as contas de ninguém...





7 comentários:

  1. Parabéns! muito foda essa síntese sobre a nossa cena em 2011. Emocionei, ri e chorei lendo isso!
    Êra Punks!

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  2. Muito foda Feio!
    Representou perfeitamente o que rolou nesse ano na nossa cena!
    Fle aw Feio abração!

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  3. Fernando, curti seu post, retrata bem o que tenho visto nas ruas. Tô produzindo um foto-documentário onde a intenção é mostrar a cena punk, e como o mercado vem se apropriando da estética punk e esvaziando o movimento. Enfim, gostaria de entrar em contato com você pra uma entrevista.

    Caso esteja interessado entra em contato comigo pelo e-mail: camilafieo@gmail.com

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