quarta-feira, 8 de junho de 2011

MEGA ULTRA MASTER BLASTER RESENHA DE TODOS OS PRÉ-MANIFEST REALIZADOS ATÉ O MOMENTO



Esse flyer é do pré manifest 6, mas nego vacila e inverte os algarismos romanos hahaha





Pois bem rapaziada e muierada, e também travecaiada e transexuaiada, Com tempo de sobra o ser humano é capaz de realizar verdadeiras proezas como escrever textos enormes prum blog semimorto nos momentos de ócio com um instrumento de digitalização de pensamentos em seu alcance em período integral. E se é pra escrever texto grande, vamos fazer do jeito certo: Resenhando vários shows de uma vez!

Neste caso, como promessa é dívida e eu havia prometido aos meus companheiros de BRANCALEONE resenhar todos os eventos pré-manifest que rolaram, vou fazer isso numa postagem só e tentarei ser o mais objetivo possível, tarefa árdua para um prolixo assumido que sou eu. No Blog do coletivo – http://coletivobrancaleone.blogspot.com – já temos umas resenhas, inclusive a do pré-manifest VI que o Nicolas do Lokaut fez de forma que eu nem precisasse escrever outra mas como eu sou teimoso não irei deixar de resenhar esta edição também! Hahaha

Pré manifest são os eventos que antecedem o festival MANIFEST a ser realizado no corrente ano de 2011 e o que são e o que significam você pode encontrar na postagem anterior porque não tenho saco e nem idiotice suficiente pra ficar repetindo em toda postagem a mesma coisa. Aqui você vai ver o que rolou de fato! E vamos ao que interessa...


Pré-manifest 1, dia 27/03/2011 – Cidadão do Mundo, São caetano do Sul.

Após Intensiva Divulgação por parte de todos do coletivo e demais entusiastas “Voluntários”, compartilhando o bendito flyer incessantemente no facebook e estuprando scrapbook alheios no Orkut, eis que chega o tão aguardado dia do primeiro Pré-Manifest!

Logo no horário estabelecido no flyer (14 hs) as cercanias do local já contavam com os primeiros prestigiadores do evento que numa atitude milagrosa ou falta do que fazer mesmo chegaram no horário certinho! Pena que a casa não pensou igual a galera e abriu com atraso. Mas nada que uns botecos e padarias ali próximos não resolvessem com um verdadeiro “esquenta”, mas com cerveja gelada! Cada vez mais a rua ficava tomada pelos Punks e assim que o espaço abriu as portas, pouco antes das 16 hs, a equipe já tratou de correr lá pra dentro, distribuir tarefas e atribuições a cada um dos integrantes. A primeira banda foi Direcionada para o palco para uma passagem de som e ao mesmo tempo “Encheção de linguiça” para que o povo entrasse logo na casa, afinal dentro de poucos minutos a primeira banda iria começar!

PLEBEUS URBANOS: Primeira banda a se apresentar para um público um pouco menor, como é de costume em toda banda de abertura, mas as pessoas ali presentes pogaram e trocaram energia com a banda que disparou em pouco mais de meia hora mais de 15 clássicos de seu repertório de um Hardcore energético e caótico sempre regido pelos ideais libertários. Um Show de Qualidade, curto e grosso que não deixou ninguém parado (ao menos batendo o pé no chão e balançando a cabeça todo mundo tava)

MOLLOTOV ATTACK: A segunda banda que iria tocar nesta gig seria oficialmente o Heresia 666, mas por motivos de força maior tiveram que cancelar sua apresentação alguns dias antes e no lugar foi escalada esta banda que cada vez mais se consolida na Cena PUNK do ABC, sendo uma das mais ativas da região. O Som: Porrada pura! Hardcore sem frescura que não permite ao ouvinte que nem respire, apenas pogue e distribua cotoveladas amistosas aos colegas de roda de pogo. Com um pouco mais de gente dentro do espaço, o clima estava cada vez melhor.

PÉ SUJUS: Terceira banda e como todos já sabem, banda deste que vos escreve. Além de dar uma força na portaria, elaborar os horários e cuidar do palco, me foi acumulada a função de também cantar um rock pra fazer o povo dançar, pogar, pensar . E Com a visão de alguém de cima de palco, digo que nossa apresentação foi redondinha, amparada pela boa aparelhagem e empolgação do público que prestigiou nossa apresentação (tem gente que prefere fumar a nos ver tocar), fizemos nossa tarefa direitinho e sem maiores preocupações e ainda deu tempo de tocar um cover do Excomungados com a participação do vocalista do próprio excomungados, o Xines! Fizemos nosso papel muito bem, obrigado U.U

88 NÃO! : Com a casa já mais cheinha e com a experiência de uma década que a banda possui, é lógico que o que pudemos esperar desta apresentação fosse mais uma performance memorável! Com o adendo de uma segunda guitarra eles fizeram um show de repertório completo emendando uma música na outra, com total empolgação, mais peso e velocidade (exceto em algumas musicas que velocidade não cai bem mesmo). Pogo frenético da plateia e suor em bicas dos integrantes consolidaram uma apresentação excelente que neste ano ainda não foi superada de todos os sons deles que vi até agora.

INVASORES DE CÉREBROS: Fechando a noite e com a casa Cheia, era a estreia da Nova formação KOBiana da banda (Dois Integrantes do Kob 82, Limão e presunto, ingressaram nesta clássica banda), achei até que ia ter um deslizezinho ou coisa do gênero. Mas o que vi foi uma Pancadaria sonora mais pesada que antes e tudo redondinho, comandado pelo sempre ele aqui no blog Ariel, incendiando a plateia e gerando hematomas nos corpos quentes e sebosentos de suor do público igualmente endoidecido com o som da banda. Sem sombra de dúvida, pra estreia de formação com pouco tempo de ensaio, estão de parabéns.

Enfim, nenhum imprevisto, Briga ou presepada foram registrados neste evento. Após o término cada um tomou seu rumo e correu pra casa pra assistir o silvio Santos no fim da noite dando em cima de modelo siliconada em seu programa.

Pré-Manifest 2 – Galpão Studio, Ferraz de Vasconcelos – 10/04/2011

1000 Panfletinhos azuis distribuídos em tudo que é porta de show possível e uns dias depois, E igual divulgação virtual massiva, chegou o dia do segundo pré-Manifest, desta vez realizado em Ferraz de vasconcelos, No velho e bom Galpão Studio, mas com uma série de fatos pitorescos e imprevistos.

O flyer marcava o inicio para as 14 hs e desta vez não tinha ninguém obedecendo ao horário do flyer (mal de zona leste hahaha). Cheguei ao local as 14 hs, mais cedo que o restante da equipe pelo fato de morar pertinho enquanto o pessoal nunca tinha pisado em ferraz (hehehe), naturalmente se perdendo no trajeto. Enquanto isso o céu que já olhava feio para a zona leste desde cedo resolveu mijar em nossas cabeças como alguém que segura mijo por 4 horas depois de uns litros de cerveja. Água pra caramba! Ao abrir a porta do local pra ver a movimentação lá fora, o que vimos foi a rua do som totalmente alagada, problema insistente em Ferraz de Vasconcelos há décadas, e o Brancaleone Móvel ali no meio do caos tentando encontrar um lugar para se estacionar enquanto tudo que é tipo de lixo fazia um verdadeiro desfile da vergonha na Grande valeta que se tornou a Rua da Estação de Trem de Ferraz. A chuva fez atrasar o público, comprometendo trens a diminuir sua velocidade, e fazer os punks de açúcar desistir de ir ao evento, tornando-se o mesmo um evento relativamente pouco frequentado, comparado ao tamanho da casa que é grande.

O tempo passava e as bandas não chegavam (exceto o subviventes que chegou cedo), fazendo o evento começar pouco antes das 18 hs para as poucas pessoas ali presentes, mas como a água já tinha baixado, naquela altura do campeonato se ela inundasse a rua de novo iria trazer era mais lixo e não gente como a gente gostaria que acontecesse hahaha.

GERAÇÃO OFENSIVA,Abrindo o evento e fazendo o show de despedida do baixista Renato “Bereba” que deixa a banda para se dedicar melhor aos compromissos pessoais após anos de dedicação á banda. Um show memorável, amparado pelo bom equipamento e que chamou a atenção das pessoas presentes, uma verdadeira despedida em grande estilo para um integrante. Testemunhas do momento não em quantidade, mas em qualidade! Hardcore sem Frescura e cada vez melhor. Agora é aguardar pelas novidades da banda e seu novo Baixista a ser apresentado logo mais.

THE DRUNK: Segunda Banda, relativamente nova mas com integrantes velhos de guerra da Cena do ABC paulista, surpreende a todos que a assistem pela qualidade e levada do seu som, pogante da primeira á última música. Mais uma banda que merece uma atenção melhor da cena e que cumpre muito bem seu papel de fazer um som de primeira. Fez todo mundo que estava lá cair no pogo! E no final, um cover de... Roberto Carlos! Oferecido á Mara e Zombra pelo vocalista, “amigo” não deixou ninguém parado e mostrou que até os punks se curvam ao Rei Roberto – Até os mais mau encarados estavam cantando palavra por palavra.

SUBVIVENTES: Terceira Banda a se apresentar, um verdadeiro clássico do Punk nacional descarregando o repertório dos 3 discos em um show que só quem conhece a banda ao vivo pode descrever como é sentir a garra de toda aquela energia. Por se tratar de uma banda mais conhecida, mais pessoas integraram a roda de pogo, cantando junto os clássicos da banda e proporcionando uma cena bonita, talvez o auge daquela já noite de domingo, ao passo que algumas pessoas atrasadas iam chegando aos poucos e agregando mais ao evento.

EXCOMUNGADOS: A pior banda do Mundo encerrou a noite com chave de ouro! Numa apresentação caótica, maluca, insana, podrera, Deus me livre e outros adjetivos que devem ser interpretados no bom sentido, naquela regra de quanto pior, melhor fica! O operador da mesa de som coitado, tentando regular pra tentar reparar algum possível defeito existente, se tranquiliza quando o informo que a banda é ruim de natureza e que esta é a característica da banda. E o pogo comendo solto com gente pulando, batendo jaqueta, invadindo o palco, cantando junto e até tocando algum instrumento! Simplesmente Foda!

A banda SUBTRAIDAS estava relacionada para tocar no evento, mas foi impedida pela chuva de chegar até o local, o carro com as integrantes ficou preso no transito e num alagamento no meio do caminho, infelizmente. Seria ótimo a presença destas meninas de ouro mandando ver e completando nossa festa. Mas em outra oportunidade elas poderão compensar para nós com um show mais energético ainda. Enquanto isso, “Pisa nesse chão com força” na versão de Djalma Pires selava o fim de mais um evento, enquanto os Punk Véio não resistiram ao balanço do Samba Rock e protagonizaram uma cena que foi até pro youtube. Como o rolê terminou relativamente cedo, juntei-me aos punks de ferraz e região e fomos para a porta da festa da uva, onde rolava o show do Zezé di Camargo e Luciano, pra fazer um rateio pra comprar goró... Coisas de Punk.


PRÉ-MANIFEST 3 – 16 /04/ 2011 – Cidadão do mundo.

Era um pré-manifest Não-oficial, realizado pelo nenê altro e contou com Total terror DK, 88 não! E outras bandas. Nem eu e ninguém do Brancaleone foi, pois no mesmo dia e horários rolava o...

...PRÉ-MANIFEST 4 – 16 /04/ 2011, ESPAÇO IMPRÓPRIO

Este evento era das duas uma: ou ia estrumbar de gente ou não ia ninguém... Afinal, teríamos ali no centro a bendita Virada cultural acontecendo, e se isso não nos ajudasse com a presença da galera que estaria circulando pelo centro, nos prejudicaria pelo rolê de circular chapado por aí como é costume em toda virada cultural e assim não ter o interesse de subir para o impróprio.

De ressaca e suando pinga após uma noite anterior homérica (Show do The boys e depois rolê com os insanos Gringo e Demente numa festinha de playboy regada á Smirnoff e 51), chego um pouco atrasado ao impróprio, mas ainda assim chegando cedo, pelo fato do evento atrasar mais uma vez, sempre esperando o povo chegar. Mas não iria adiantar muito. E a frente do improprio estava lotada, mas de gente que não ia pagar pra entrar pois logo iria ao centro ver o show do Skatalites que no fim ninguém viu pois não conseguiu entrar no meio do tumulto. Mas o som não pode parar. Teve quem pagasse entrada e quem comparecesse para tocar, então, vambora!

DEPENDENTES QUÍMICOS –A banda que abriu a noite, diretamente de Guarulhos e capitaneada pelo multi-homem Garu, mostrou para as poucas pessoas presentes seu repertório recheado de técnica e poesia, com letras muito bem elaboradas que merecem uma atenção especial! Com direito até mesmo a cover do Dead kennedys para “Holiday in Camboja” muito bem executado.

SARJETA – Segunda Banda, Levou uma galera legal para acompanhar sua apresentação e a banda está melhor do que nunca, tocando muito bem e algumas musicas já na ponta da língua da galera, resultado de muito esforço e correria do guitarrista e vocalista Fábio, que ao executar “Bêbado drogado” fez o local ir abaixo.

PÉ SUJUS – Lá vai eu mais uma vez como terceira banda na bagassa... mas desta vez um fato inédito em nossa história: Pela primeira vez tocar sem o meu braço direito e onipresente Cesar, o guitarrista responsável pelos acordes de todas nossas musicas. Quase chegamos ao ponto de cancelar nossa apresentação, mas o baixista punkelo se declarou capaz de segurar a guitarra numa boa. Encaramos o desafio e saiu um show bacana! De 7 musicas programadas no repertório, fomos para 10, quase o repertorio completo. Punkelo surpreendeu a todos mostrando ser um bom guitarrista, apesar de não fazer tudo o que o cesar faz, mas segurou muito bem a bronca e fizemos uma boa apresentação.

DZK: Quarta Banda da noite, A clássica Banda do ABC paulista que dispensa apresentações fez um show na média de suas frequentes apresentações, mas era uma pena que a turminha do skatalites se retirou após o término do pé sujus e fazendo assim o dzk tocar pra menos gente do que deveria. Mas foi um show de comprometimento e postura da banda que pode ser chamada de banda das antigas verdadeiramente PUNK, ao contrario das bandas que só faltam ter um altar e só dão desprezo aos seus “súditos”, achando que tudo o que tinha que ser feito pelo Punk já foi feito nos anos 80 e não devem mais fazer nada. O DZK é uma lição de vida e postura para bandas Velhas e Novas.

FILHOS DA DESORDEM: encerrando a noite, outra banda clássica, encabeçada pelo velho de guerra Rude, com um repertório mais calcado em covers de clássicos do Punk rock e alguns sons próprios que fizeram história. O Show em si foi excelente. Só faltou público, que naquelas horas deveria estar se degladiando pra ver o skatalites (engraçado que todo mundo começou a curtir ska de uma hora pra outra NE ? ) e se arrependendo de não estar ali no impróprio.

O som encerrou-se pouco depois da meia noite e após umas brejas no bar que faz esquina com a augusta, uma galera que sobrou desceu em direção á cracolandia pra ver o pior show da virada cultural: The misfits!


PRÉ-MANIFEST 4 E 1/2 – Quest Bar, Santo André, 30/04/2011

Um outro evento “Não oficial “ com o título de Pré-manifest rolou no dia 30 de Abril, No quest Bar em Santo André. Como no flyer não tinha numeração especificando a edição do evento, tomei a liberdade de apelida-lo de pré manifest 4 e meio hahaha... Não estive presente no evento pois estava atarefado com o evento de 1 ano de shadowplay (ao mesmo tempo último do projeto), assim como ninguem do Brancaleone, com a exceção do Barata que Mandou um som com DZK, além do suporte do Subviventes, The Drunk e Avante.


PRÉ-MANIFEST 5 – Sattva Bordô, São Paulo – 01/05/2011

No dia 1 de maio rolou o Pré-manifest 5, no sattva Bordô, localizado na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo. No flyer, previsão de início do evento ás 15 hs, apesar do Pessoal da casa chegar atrasadinho e o evento começar apenas pouco antes das 17 hs, gerando inclusive a desistência de algumas pessoas que vinham diretamente do pífio protesto do 1 de maio que houve naquele dia, ainda mais por conta do frio e garoa que castigavam os pacientes punks que aguardavam espremidos embaixo da estreita marquise do local se protegendo do chuvisco e aguardando a abertura da casa. Nossa parte foi feita, chegamos no horário, com exceção de mim mesmo, que fui fazer uma correria bruta atrás de pedestais de bateria, devidademnte e gentilmente emprestados pelo nosso amigo Marcello kaskadura, velho de guerra da cena e pau pra toda obra. Pior para a casa que teve menos pessoas no publico e consequentemente menos consumação. Mas de modo geral o evento teve um público maior que os anteriores, que agitava, chegava junto e curtia as bandas, raros momentos no Punk rock da cidade de são Paulo que está cada vez mais apático e autodestrutivo. Problemas resolvidos e críticas feitas, vamos ás bandas...

A banda que abriu o evento foi a Ódio Social, estreando sua nova formação que, diga-se de passagem, está mais agressiva, pesada e com uns toques de metal e passagens mais cadenciadas, deixando o som da banda mais empolgante e autêntico. Ainda não tinha taaanta gente no local como deveria ter (banda de abertura sofre, não é a toa que ninguém gosta de abrir evento), mas a banda não baixou a cabeça e mandou ver os petardos de seu repertório que agradaram a todos os privilegiados que estavam ali assistindo o show da banda, inclusive eu que estive onipresente no comando da mesa de som. Quem não viu, seja qual for o motivo, Perdeu uma grande apresentação!

Na sequencia, o veterano grupo Sub Existência mandou ver seu Punk Rock 77 cheio de técnica e energia lotando o Salão do sattva, proporcionando uma grande roda de pogo e gente pulando cantando junto alguns clássicos da banda... e eu me desdobrando no comando da mesa e protegendo a mesma, pois os empurrões da roda arremessavam seres humanos enlouquecidos pra cima da mesa e das caixas de som, além de um punk bêbado ao extremo conseguir fazer uma das caixas de som penduradas cair no chão – ainda bem que não quebrou. Pela performance do público, deu pra ver o que se passava no palco. Simplesmente Demais!

Em seguida o 88 Não! Fez mais um show repleto de entusiasmo, com aquela bem ensaiada tática de uma música junta da outra, pouca conversa e muito Punk rock! O show estava ótimo, apesar do público ter se dispersado um pouco e o salão não estar tão cheio como na hora do sub existência. E além disso, com os atrasos do evento, o tempo de palco para cada banda foi diminuído além do projeto original e com isso todas bandas tiveram repertório reduzido, e com o 88 não não foi diferente, ficando umas músicas do repertorio completo de fora. Uma pena. Mas tem mais banda pra tocar e hora pra acabar! No fim, o baterista e cabeça da banda Daniel pegou o microfone e deu um mini discurso, dizendo que se o Punk não se levantar e organizar agora, deixando de lado as patifarias e dando mais valor ao que todos dizem lutar, o movimento seria mais respeitado e levado a sério, e que do jeito que as coisas vão andando, nós estamos no último fôlego antes que o punk se torne palhaçada ou coisa do Passado. Sábias palavras devidamente aplaudidas e coisa que todas as bandas deveriam fazer, não só fazer cara de cu e xingar o “sistema” e tocar rock de gente rebelde.

Enquanto o 88 Não tocava, já iríamos ajeitar o Juventude Maldita na sequencia, mas a banda Psicultura, de Votorantim, que todos achavam que já não mais viria devido ao horário que já avançava e nada deles chegarem, surge e já tratamos de encaixá-los após o 88 não! – Ainda faltava um integrante do JM. Pois bem, a quarta banda da noite mandou 15 minutos de puro HARDCORE (em maisculo pois é coisa de louco o som deles) pras poucas pessoas que interessaram-se em assistir essa grande banda que é responsável por boa parte da produção de cultura punk na região de Sorocaba. Um show energético, uma porrada atrás da outra que não deixava tempo nem de aplaudir! Enfim, ótima apresentação desta banda que merece cada vez mais respeito, atenção e destaque não só pelo som, mas pela atitude e postura.

Enfim, o juventude Maldita estava completo e pronto pra Lotar o salão de bandas do Sattva e fazer uma apresentação ímpar, fazendo todo mundo pogar enlouquecidamente e cantar junto as músicas que já estão na língua da galera, clássicos recentes como “Explorados” e “pisa na cabeça dele” geravam alvoroço na galera que pulava e que tomava empurrões violentos deste que vos escreve para que não derrubassem a bendita mesa de som que fica no canto da pista ao lado do palco...

Encerrando, enfim, mais uma noite de Punk rock, o invasores de Cérebros sobe ao palco por volta das 21:30 pra fazer mais um show Fuderoso (fudido com poderoso, esses neologismos de rockeiro doido me surpreendem cada vez mais), como de costume, fazendo o publico quebrar tudo , sempre regido por ele mesmo de novo mais uma vez agora e sempre Ariel, Que cantava com Fúria e Compartilhando sua energia com o público, atuando divinamente como um maestro da fúria. Os shows com a nova formação estão cada vez melhores, provando que a pior merda que acontecesse com a banda seria o seu fim (possibilidade cogitada após a saída de dois integrantes no inicio do ano).

O evento terminou sem nenhum registro de incidente grave (só umas presepadas de moleques punheteiros cheios de testosterona nas espinhas que nascem na testa nesta faixa etária, que quase arrumam confusão com os seguranças do puteiro Kilt, o Castelo do amor, logo do lado – Salvos por nossa intervenção, da próxima vez que sejam levados pra dentro do mocó e tomem um couro pra largar a mão de ser idiota, além das tentativas de entrar com goró de fora, incluindo uma tentativa de suborno com uma garrafa de Smirnoff ice sem gelo pra mim ao avisar que não poderia consumir tal bebida vinda de fora ali dentro), mas nada de mais comprometedor. Só restou a desmontagem da aparelhagem ao som de Agepê... E no meu caso o evento só acabou um dia depois, quando tive que levar os pedestais ao seu local de origem.

PRÉ-MANIFEST 6 – Escola de samba cabeções da Vila prudente, na própria VP, 07/05/2011

O Último e Mais Recente pré-manifest realizado foi o realizado na Quadra da escola de Samba Cabeções da Vila prudente, no dia 07/05/2011. Já foi resenhada no Blog da Brancaleone, mas Merece a versão “feio” dos fatos hehehe.

Pois bem, o corre começou logo cedo, por volta das 10 da manhã já tinha a galera que montava o palco, fazia os corres do bar e preparava tudo pra ser o grande evento que foi, excepcionalmente nesta edição tivemos a parceria com o projeto Florescer, bastante atuante em sua proposta de criar e valorizar mais áreas verdes em São Paulo e deixar tudo cada vez mais bonito na medida do possível – Houve farta distribuição de sementes e mudas, que transformou os trens da cptm em verdadeiros Jardins após o final, com grupos de punks segurando suas mudas a caminho de casa.

Pelos lados do Itaim, Lá ia eu do cesar bar (estação jardim Romano) até a estação ipiranga com meu super ampli top de linha da machintec (que Pesa uma caralhada de quilos – e que não aguentou o tranco do som do dia seguinte), que teve seu papel fundamental na discotecagem dos meninos do Sp paranoia. Chegando lá, tudo montado, tudo bonito ,legal, bar pronto para receber os cachaceiros de plantão... opa, como o bar vai receber cachaceiros se não tem cachaça? Corremos pro mercado que existe ali nas adjacências e compramos uma garrafa de 51, limão e groselha pro bombeirinho, além de jurupinga e Montilla Pra “diretoria” que teve umas doses vendidas também. Mal sabiam os garotos que as pinga braba iriam salvar o bar mais tarde...

Um pouco antes das 17 horas (horário emblemático), começa a primeira banda, integrada no evento alguns dias antes. Falo da Genocidio Nuclear, ótima banda formada recentemente. O som é um punk/HC básico, porém bem executado e pra variar não tinha tanta gente no momento que os meninos tocavam, mas dentro do bar entre um cliente e outro eu ia pogando o som desses meninos que tem tudo pra arrebentar na cena, basta fazer correria e se esforçarem.

A segunda banda foi a KOB 82, Banda que se destaca cada vez mais dentro da cena com seu som literalmente oitentista, hardcore podrera que não deixou ninguém parado e que ainda por cima canta uma musica cuja letra é de co-autoria minha (“Revolta”). Autopromoções a parte, vai ser difícil eu falar do kob 82 ao vivo além das velhas frases do tipo “Fizeram um ótimo show”, a não ser que os caras estejam mal ensaiados ou bêbados, coisa que não aconteceu até hoje enquanto eu estive presente hahaha. Ótimo como sempre!

Em seguida foi a vez do Indigesto, de volta e com tudo. Capitaneada pela vocalista e baixista Leine, fizeram um show curto e grosso, cerca de umas 8 musicas, mas deram conta do recado e foram bastante eficazes... a banda que voltou recentemente vem aos poucos reconquistando seu lugar de destaque na cena, lugar merecidíssimo diga-se de passagem, e nos enche de alegria por ter voltado, afinal animou muitas gigs pelos subúrbios há alguns anos atrás.

O palco então é ocupado pelos Subviventes, que já com uma boa galera presente, fez seu dever com a mesma capacidade de botar todo mundo pra pular de sempre, mas amparados pela boa aparelhagem e pela galera em bom número presente ali meteram um showzão memorável que dispensa apresentações. Aliás quando for pra falar do subviventes neste blog, só direi que show do subviventes é sinônimo de som redondinho e plateia enlouquecida.

Enquanto isso, o bar ia de vento em popa, cerveja acabando, assim como os salgados sem carne indo embora também (afinal carne é coisa de fascista), eu correndo servindo doses de jurupinga e preparando bombeirinho – foi o que o povo recorreu após a cerveja acabar, enquanto não chegavam mais cervejas o povo se matava nos goró forte.

Eis que a banda Lokaut inicia sua apresentação que levou todo mundo, menos quem tava no bar (até certo ponto) pra frente do palco para pogar ao som do punk rock seco e sem frescura executado pelo quinteto, que já está se tornando uma das bandas clássicas da nossa geração e conseguiu estabilizar-se após anos de luta. O Grand finale da apresentação ficou por conta do cover do setembro negro(não é do colisão, porra!), “Leva pra 40” que teve como convidado quem: Euzinho da silva hahahaha...

Enquanto a segunda garrafa de 51 chegava pra suprir a falta de bombeirinho que se esgotara com a sede de álcool não só dos punks, mas dos “Vileiros” que aproveitavam o goró a preço promocional, o Phobia iniciava seu show, desfilando os hinos “Bife do nazi”, “Eu sou Punk”, “Tem que lutar”, “Brasil ano 2000”, gerando uma grande roda de pogo no imenso espaço que é a quadra de escola de samba que apesar de não estar lotada, tinha gente suficiente pra lotar um “Cidadão do mundo” ou um Sattva.

Encerrando o evento, tivemos o Massacre em Alphaville, também com nova formação e com 3 (!) vocalistas, sendo os mais recente agregados o Douglas (Tambem do ódio social) e o Augusto (Mito da caverna e ex Praia de vomito). O som com influencias crust fechou com chave de ouro esta edição do pré-manifest que não só foi uma diversão e uma celebração para o movimento punk, mas pro pessoal do entorno que pode prestigiar um evento punk totalmente na paz, onde crianças podiam circular, mamães punks levarem seus bebês e a galera vizinha interagir com os punks numa boa. Pois incrivelmente não colou prego de cabeça de merda no evento, só Punk de verdade mesmo! Nenhuma briga foi registrada, só um bate boca aqui e ali mas nada demais. Até porque também quero ver quem ia causar alguma coisa ali no meio da favela... Apenas a banda Luta Armada teve que cancelar sua apresentação devido a um Problema de Saúde do Guitarrista Jaaka (Nevralgia - dói pra caraio), mas conforme citado, o genocidio Nuclear substituiu legal. Enfim, um sábado pra não sair da memória. E lá foi eu com o Ampli de chumbo rumo ao Itaim paulista por volta das meia noite deixar no bar pro som do dia seguinte...

Por enquanto é isso... Todos os pré-manifest estão devidamente resenhados até agora e prometo ser mais pontual a partir do próximo, agora que tenho tempo e condições hehehe...

3 comentários:

  1. Ótima resenha de um cara que dedica sua vida ao mov punk como ninguém... parabéns pelo blog, pelo pé sujos, e por todas iniciativas que faz jah à anos Feio.... abraço... Quero aproveitar e agradecer a todos do brancaleone, que fazem a cena estar viva e cada vez mais positiva. Nóis!!!

    ResponderExcluir
  2. Feio você resenha muito bem! Até domingo em Ferraz e realmente os pré Manifest deram gás ao movimento punk!

    ResponderExcluir
  3. Brother parabéns pela resenha e pelo blog nso meus 17 anos quero cada vez mais ficar como caras como você que dedicam a vida ao movimento

    ResponderExcluir